Dor Lombar

Informações sobre a dor lombar.

Avaliação

A dorso-Iombalgia tem sido tradicionalmente considerada como uma queixa dos doentes idosos. Mas as queixas de dorso-Iombalgia na população pediátrica e adolescente já não são raras. Segundo as estimativas, mais de metade das mulheres com 18 anos e um número semelhante de homens de 20 anos experimentaram pelo menos um episódio de lombalgia. Se não forem avaliados, as consequências podem surgir a longo prazo: a dor crónica ou recorrente foi referida por 26% dos rapazes e por 33% das raparigas que tinham referido inicialmente lombalgia.

O foco actual no treino desportivo intensivo especializado em idades mais jovens torna os jovens atletas cada vez mais susceptíveis a lesões dorso-lombares, especialmente as causadas por uso excessivo (micro-traumatismos repetidos). Sendo o risco variável em função do desporto, a incidência de lesões dorso-lombares nos jovens atletas foi estimada como situada entre 10 e 15%. Entre os atletas que participam em luta livre, ginástica, futebol ou ténis, 50 a 85% tiveram uma dorso-Iombalgia.

As causas predominantes de dor dorso-lombar nas crianças e nos adolescentes são diferentes das dos adultos. Um estudo que comparou 100 adolescentes atletas que tinham dor dorso-lombar com 100 adultos com a mesma sintomatologia verificou que 47% dos adolescentes sofriam de espondilóIise (fractura de esforço da pars interarticularis), enquanto 48% dos adultos sofriam de dor discogénica. Além disso, 10% dos adultos estudados sofriam de estenose espinhal e de osteoartrose, mas nem um dos adolescentes sofria destes problemas.

Os doentes pediátricos com dorso-Iombalgia apresentam uma percentagem mais elevada de diagnósticos patológicos do que os adultos, necessitando de um índice de suspeição elevado e de um início mais rápido de uma avaliação diagnóstica pormenorizada. Num caso de dorsolombalgia de um adolescente não acompanhada por febre, perda de peso ou dores nocturnas, a maior parte dos especialistas concorda que não devem decorrer mais de três semanas antes de se iniciar a avaliação diagnóstica - e ainda deve decorrer menos tempo antes de se iniciar a investigação nas crianças.