Dor Lombar

Informações sobre a dor lombar.

cancro da coluna

Cancro da coluna

Uma dor que não melhora, frequentemente cria medo - tanto nos doentes como nos médicos de que se trate de «alguma coisa má» e o cancro é a coisa má que a maioria das pessoas teme. Como a dor lombar é o sintoma de apresentação em 90% dos doentes com tumores da coluna, a neoplasia faz parte do diagnóstico diferencial de qualquer caso de dor lombar resistente e persistente.

As características da dor em doentes com cancro da coluna geralmente são diferentes da dor lombar comum. A dor lombar benigna está relacionada com a actividade, alivia com o repouso e pode ser desencadeada por uma lesão conhecida. A dor lombar aguda idiopática começa tipicamente a resolver após 4 a 6 semanas. A dor causada por neoplasia da coluna é persistente, progressiva e não alivia com o repouso. A dor parece intensificar-se à noite e frequentemente acorda o doente durante o sono. A dor lombar é tipicamente focal e pode associar-se com uma dor torácica em cinturão ou sintomas radiculares de dor ou fraqueza nas pernas. Uma massa na coluna pode causar sintomas neurológicos por comprimir directamente a medula espinal ou a cauda equina. Fracturas patológicas resultantes de destruição vertebral podem ser a primeira, mas infelizmente tardia, forma de apresentação de um tumor.

história

Sinais e sintomas de doença sistémica incluem fadiga, perda de peso, hemorragia anormal, aumento de volume abdominal, massas subcutâneas e adenopatias. Sintomas típicos de adenocarcinomas, como hematoquézia, hemoptises, galactorreia, hemorragia vaginal atípica e alterações dos hábitos intestinais, devem desencadear uma abordagem diagnóstica específica.

Aspectos clínicos associados com probabilidade de doença neoplásica incluem idade superior a 50 anos, hisrtória pregressa de cancro, duração da dor superior a 6 semanas, ausência de melhoria com terapêutica conservadora, velocidade de sedimentação (VS) elevada e anemia.

exame objectivo

Os carcinomas do pulmão, mama, próstata, rim, cólon e tiróide, juntamente com o mieloma multiplo, representam 88% de todos os tumores da coluna. Estes órgãos e sistemas deve ser cuidadosamente observados quando se suspeita de cancro. A observação da coluna deve identificar locais de dor focal e excluir quaisquer sinais de compromisso neurológico ou de reflexos anormais. Os sinais de compressão medular devem ser imediatamente investigados.

exames de diagnóstico

A VS, que é pouco específica mas muito sensível, está quase sempre elevada em casos de neoplasia sistémica. Uma investigação que inclua radiografia de tórax, mamografia, medição do antigénio específico da próstata e tomografia computorizada abdominal geralmente identifica a neoplasia maligna subjacente, se estiver presente.

Os exames laboratoriais básicos podem mostrar anemia, hipercalcemia e níveis elevados de fosfatase alcalina. A electroforese de proteínas no soro e urina é específica para o mieloma ou para o plasmocitoma. A análise de urina pode revelar hematúria, que sugere carcinoma de células renais.

imagiologia

Os tumores da coluna visualizam-se mal na observação radiográfica até ter ocorrido destruição significativa. A cintigrafia óssea é positiva precocemente e é considerada um bom exame de rastreio. Contudo, a ressonância magnética nuclear (RM ) pode rastrear toda a coluna, o que permite a identificação de lesões em doentes com radiografias e cintigrafias normais e é o exame de eleição para excluir neoplasia da coluna.