Dor Lombar

Informações sobre a dor lombar.

Dor Lombar

A dor lombar atinge mais de 85% dos adultos nalguma fase das suas vidas. Tem uma prevalência pontual de aproximadamente 30% e é uma das queixas mais frequentes com que os clínicos gerais são confrontados.

A dor lombar pode ter origem em alterações patológicas dos discos intervertebrais, vértebras, ligamentos, estruturas neuronais, músculos e fascia.

As causas da dor relacionam-se usualmente com alterações degenerativas associadas com a idade ou com traumatismos minor e 90% dos doentes atingidos melhoram com simples medidas de suporte e fisioterapia.

A dorso-Iombalgia tem sido tradicionalmente considerada como uma queixa dos doentes idosos. Mas as queixas de dorso-Iombalgia na população pediátrica e adolescente já não são raras. Segundo as estimativas, mais de metade das mulheres com 18 anos e um número semelhante de homens de 20 anos experimentaram pelo menos um episódio de lombalgia. Se não forem avaliados, as consequências podem surgir a longo prazo: a dor crónica ou recorrente foi referida por 26% dos rapazes e por 33% das raparigas que tinham referido inicialmente lombalgia.

O foco actual no treino desportivo intensivo especializado em idades mais jovens torna os jovens atletas cada vez mais susceptíveis a lesões dorso-lombares, especialmente as causadas por uso excessivo (micro-traumatismos repetidos). Sendo o risco variável em função do desporto, a incidência de lesões dorso-lombares nos jovens atletas foi estimada como situada entre 10 e 15%. Entre os atletas que participam em luta livre, ginástica, futebol ou ténis, 50 a 85% tiveram uma dorso-Iombalgia.

Embora doenças não identificadas, graves, sejam causas raras de dor lombar, atingem um significado clínico que está proporcionalmente muito longe da sua prevalência. Mesmo médicos experientes preocupam-se com a possibilidade de deixar passar situações patológicas graves ou que ponham a vida em risco. Deyo e colaboradores mostraram que as neoplasias, osteomielite, espondilite anquilosante e abcesso epidural representavam menos de 1% de todos os casos de dor lombar em clínica geral. Contudo, deixar passar um destes diagnósticos tem consequências graves e investe-se bastante tempo, esforço e ansiedade na exclusão destas doenças.

Com uma história e exame objectivo realizados cuidadosamente, o conhecimento de alguns sinais e sintomas específicos e uma selecção adequada de exames de diagnóstico, o médico pode excluir com confiança doenças subjacentes mais ameaçadoras e dirigir a atenção do doente para a evolução adequada da reabilitação e dos cuidados à região lombar.