Dor Lombar

Informações sobre a dor lombar.

exame objectivo

O exame de um doente com uma dor dorso-lombar começa no momento em que este entra na sala de observação com a inspecção da marcha e da postura. Com o doente totalmente despido, verifique se existe assimelria muscular e pélvica, sinais de imobilização com talas, defeitos da linha média, tufos da pelos e hemangiomas. Avalie o contorno da coluna com o doente em posição ortostática e com o tronco nectido para a frente, procurando identificar a presença de um aumento da lordose lombar, de cifose torácica e de escoliose. Proceda à palpação do dorso para verificar se existe hiperestesia ou outros achados. inclua as vértebras, as apófises espinhosas, os espaços inter-vertebrais, os ligamentos inter-vertebrais, a junção lombo-sagrada, os ombros e as omoplatas e os músculos para-vertebrais. Verifique se existe uma discrepância no comprimento dos membros inferiores se observar uma alteração da marcha.

Uma deficiência na mobilidade da coluna geralmente tem origem na coluna lombar, até qualquer limitação nos movimentos na flexão anterior, na rotação, na flexão lateral e nas manobras de extensão. A dor na flexão anterior pode indicar uma lesão na face anterior da coluna, uma vez que esta manobra sobrecarrega os elementos dessa região. Por outro lado, ao exercer resistência contra o dorso do doente à medida que ele regressa à posição ortostática, esforça a face posterior da coluna; a dor desencadeada indica uma possivel lesão na região posterior. O teste provocatório de hiperextensão sobrecarrega ainda mais a face posterior da coluna: peça ao doente para se colocar de pé sobre uma das pernas enquanto você se coloca por trás e procede, de forma suave, à hiperextensão do dorso, forçando a pars interanicularis no lado que se encontra em carga. Um teste positivo (que desencadeia dor) indica uma possivel espondilólise ou espondilolistese.

flexão lateral

Note qualquer limitação no movimento na flexão lateral.

hiperextensão

O doente mantém-se de pé sobre um dos membros inferiores enquanto o examinador, colocado por trás do doente, procede, suavemente, à hiperextensão do dorso, exercendo deste modo esforço sobre a pars interarticularis no lado que se encontra em carga. Um teste positivo (que suscita dor) indica uma possível espondilólise ou espondilolistese. lateral.

Continue o exame procedendo à observação da simetria dos quadricípites e dos músculos da face posterior da coxa. Com o doente em decúbito dorsal, proceda à elevação do membro inferior em extensão: segure no tornozelo e, mantendo o joelho em extensão, proceda à flexão da articulação coxo-femural e avalie a amplitude de movimentos, a flexibilidade dos músculos posteriores da coxa e qualquer dor desencadeada. Repita a manobra, colocando o pé do doente em dorsiflexão à medida que se aproxima do ângulo doloroso. A dor que irradia a partir da região lombo-sagrada indica a presença de irritação do nervo ciático e uma hérnia discal. A dor na articulação sacroiIíaca pode ser desencadeada através do teste de Patrick (também conhecido por teste de FABER: Flexão, Abdução, e Rotação Externa (External Rotation do membro inferior ao nível da articulação coxo-femural). Por último, realize um exame neurológico completo, incluindo a avaliação da sensibilidade e da força, assim como dos reflexos osteo-tendinosos profundos.

Uma vez que os problemas estruturais constituem uma causa significativa de lombalgia nos adolescentes atlelas, os exames imagiológicos constituem uma componente integrante do diagnóstico. Dependendo da história e dos achados do exame objectivo, os testes de avaliação podem incluir a radiografia simples, uma cimigrafia óssea, uma tomografia computorizada com emissão de único fotão (SPECT) e uma RMN. Se a história revelar a presença de sintomas sistémicos, os estudos laboratoriais devem incluir um hemograma, uma velocidade de sedimentação, hemoculturas, o antigénio leucocitário humano (HLA-B27), o factor reumatóide e os anticorpos anti-nucleares.

Os estudos imagiológicos e os exames laboratoriais indicados para diagnósticos específicos são salientados na discussão que se segue. Essa discussão proporciona uma revisão de alguns dos problemas que causam lombalgia no jovem atleta.